No início de junho, o fundador da Agência do Bem, Alan Maia, esteve em São Paulo a convite da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Iter para participar de um importante debate sobre os impactos da reforma tributária nas organizações do terceiro setor. O evento contou com palestras do Ministro André Mendonça e de Silvio Gonzalez, reunindo especialistas e lideranças sociais em um momento estratégico para o país.
De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil abriga cerca de 800 mil organizações do terceiro setor. Um dado alarmante revelado pelo estudo é que mais de 94% dessas entidades operam com zero ou apenas um funcionário, evidenciando a predominância de pequenas e microinstituições, com estruturas frágeis e poucos recursos.
A proposta de reforma tributária atualmente em discussão prevê a criação de dois novos tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Apesar de manterem a imunidade tributária sobre a receita, as entidades perderão o direito de compensar tributos pagos em suas compras, um cenário que pode resultar em um aumento de 12% a 18% nos custos operacionais, conforme alertam especialistas.
Diante desse contexto, a presença da Agência do Bem em encontros como esse reforça a importância de manter o terceiro setor articulado, informado e atuante nas discussões que moldam o futuro das políticas públicas no Brasil. Para Alan Maia, estar presente nesses espaços é fundamental para defender os interesses das organizações sociais e garantir que a justiça fiscal venha acompanhada de justiça social.