No mês de setembro, a Agência do Bem firmou parceria com o Conservatório Bomfim visando implementar a metodologia das Escolas de Música e Cidadania nos bairros sociais da cidade de Braga, localizada ao norte de Portugal.
A chegada da Agência do Bem em terras portuguesas vai de encontro com um importante objetivo estratégico traçado em 2019: a expansão da organização para territórios estrangeiros. “Esse movimento consiste na internacionalização de uma metodologia testada, aprovada e premiada no Brasil há quase duas décadas. Será o primeiro projeto social de educação musical brasileiro a ser exportado. É razão de orgulho, claro, mas também um imenso desafio, pois muito mais do que ensinar música, nosso propósito é a educação cidadã de crianças e jovens” comenta Alan Maia, fundador da Agência do Bem.
Devido à radical diferença da estrutura social entre Portugal e Brasil, o principal desafio da Agência do Bem recai sobre como traduzir a abordagem das EMC, que conta com certificação de Tecnologia Social, em território português. “Sabemos que as questões sociais diferem das que temos em nosso país, mas estamos dispostos a enfrentar esse obstáculo”, afirma Alan.
Além dos desafios relacionados às diferenças sociais, a captação de recursos em Portugal é outro importante ponto de atenção. Neste início de operação, a criação de mecanismos de consolidação financeira objetivando a autonomia, independência e a sustentabilidade das atividades em terras portuguesas é fundamental, uma vez que toda a operação no pais será custeada por novos recursos externos, ou seja, as doações recebidas no Brasil serão integralmente aplicadas aqui no país.
O movimento de internacionalização ocorre em um contexto de forte expansão dos polos das EMC. Apenas a título de comparação: em 2021, a Agência do Bem contava com 17 polos do projeto. Este ano, são 27, rodando simultaneamente, em seis estados brasileiros e atendendo cerca de 2.000 alunos.
A efetivação da parceria em Portugal representa a possibilidade de levar nossa missão institucional para além dos territórios que nos são familiares, aprendendo no processo com organizações locais e atendendo um público cada vez mais heterogêneo em relação a suas demandas sociais.
“Nossa missão é levar o bem para as pessoas que precisam do nosso trabalho e é com esse espírito que enxergamos a chegada em Portugal”, explica Alan.