No último dia 22 de fevereiro, os polos das Escolas de Música e Cidadania de Vargem Grande e Cidade de Deus deram início ao primeiro semestre de 2016, retomando a rotina de aulas. O início do semestre foi bastante animado, com apresentações dos alunos novos e professores, dinâmicas, ensinamento de músicas e ritmos corporais além da introdução do conteúdo que será trabalhado ao longo do ano.
Dando continuidade ao método de trabalho adotado no último semestre, as aulas de prática orquestral serão incorporadas no programa pedagógico das Escolas de Música e Cidadania, ministradas pelo maestro Vitor Damiani, regente da Orquestra e Coro Nova Sinfonia. O método propõe o desenvolvimento técnico mais acelerado, a partir da troca de experiências entre alunos proposta durante as aulas de prática orquestral, trabalhando em conjunto com todos os professores ao longo do semestre. Serão realizados encontros mensais entre todos os alunos, trabalhando um repertório comum a todos, que será apresentado nos recitais de encerramento do semestre.
A prática orquestral propõe, ainda, a conscientização sobre os princípios de um sistema social baseado em valores como respeito, democracia e cidadania, presentes numa orquestra e, claro, na vida cotidiana de todos nós.
Aperfeiçoamento constante
Na semana anterior ao início do semestre, a Agência do Bem promoveu um encontro de capacitação do corpo docente dos polos de Vargem Grande e Cidade de Deus. Foram dois dias de imersão em conteúdo, planejamento pedagógico e diretrizes, com base no projeto político pedagógico, adotado pela Agência do Bem nas Escolas de Música e Cidadania.
Muito além de um corpo docente tecnicamente capacitado, o objetivo do treinamento foi preparar uma equipe de professores conscientes sobre o trabalho de formação social e cidadã que o projeto propõe através da música. O resultado não poderia ser diferente: ao final do treinamento tínhamos professores extremamente motivados e ansiosos para o início do trabalho.
O professor de violino, Rafael Tellez, primeiro professor de violino da Agência do Bem retornou à casa após 10 anos e nos contou um pouco dessa experiência. : “No primeiro momento, a melhor surpresa da docência, sobretudo em projetos sociais, foi ver que o trabalho cresceu e ganhou autonomia. Depois foi perceber que o nível dos alunos e o desenvolvimento no instrumento está elevado. Está sendo ótimo dar continuidade ao trabalho e perceber que houve critério na escolha dos profissionais para o trabalho deixando um excelente legado.”