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Agência do Bem realiza nova pesquisa sobre impacto da COVID-19 no 3º Setor

Em 2020, a Agência do Bem realizou aquela que seria a primeira pesquisa sobre o impacto do coronavírus no terceiro setor. Um ano depois, a organização novamente levanta dados inéditos a partir da análise das respostas coletadas junto a mais de 200 diretores de ONGs, e que revelam a atual situação destas instituições.

“O que nos salta aos olhos é a resiliência dessas organizações, das suas lideranças, que são verdadeiros heróis. Tiveram reduções drásticas nas suas receitas, que já são insuficientes historicamente, mas que perderam ainda mais com a pandemia”, diz o coordenador da pesquisa e fundador da Agência do Bem, Alan Maia, diante do resultado evidenciado. De acordo com o levantamento, na recepção de doações e captação de recursos, 70,2% das ONGs tiveram perdas expressivas, de pelo menos metade da receita, sendo que 42,9% perderam mais de 80% da sua capacidade de arrecadar doações.

Em relação a medidas de contingência orçamentária, 70,2% das organizações não contou com nenhum apoio especial, sobrevivendo apenas com recursos próprios, sendo que 12,6% acumularam dívidas com funcionários e fornecedores, e 27,7% precisaram recorrer à redução de jornada de trabalho, suspensão de contratos e demissões. “É de se lamentar que muito pouco tenha sido feito em prol da manutenção dessas instituições tão importantes para a sobrevivência de milhares de pessoas no país. São as ONGs que completam o último elo das correntes de solidariedade, das campanhas de doações, fazendo chegar às pessoas certas, nas favelas e periferias, o alimento, o remédio, as máscaras de proteção”, destaca Alan.

Os dados revelam também que o plano de atividades de 78,7% dos projetos precisou ser reduzido a mais da metade, enquanto apenas 7,8% não sofreram impacto. Mesmo diante dessa dificuldade, a pesquisa aponta que 87,9% das instituições participaram ativamente de ações assistenciais em apoio à população. “Comparando com a pesquisa de abril de 2020, vemos que elas conseguiram sobreviver apesar do absoluto descaso do poder público, que não estabeleceu nenhuma linha crédito, medida compensatória ou apoio emergencial para socorrer esse setor indispensável para a sociedade brasileira”, expõe Alan Maia.

Ao analisar o pior cenário, caso a pandemia e as situações financeiras e operacionais atuais permaneçam, 88,2% das ONGs veem graves riscos à continuidade de suas rotinas e projetos, sendo que 19,7% enxergam o risco de encerramento, fechando para sempre suas portas e desamparando suas comunidades.

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