Após um ano de pandemia, as cenas se repetem no Terceiro Setor, com pedidos emergenciais de doações para manutenção dos projetos e seu apoio às comunidades atendidas. A realidade de quem se dedica a trabalhar pelo próximo traça um paralelo aflitivo com a própria subsistência, acarretando, no pior dos casos, na suspensão ou encerramento total das atividades das organizações.
Foi com o intuito de chamar a atenção para o novo desafio das ONGs, que a Agência do Bem, no princípio da pandemia, em 2020, realizou uma das primeiras pesquisas sobre o impacto do coronavirus no terceiro setor, contando com os dados de mais de duzentas organizações respondentes. O levantamento revelava um quadro alarmante: 67% das instituições tiveram queda de arrecadação de suas receitas (acima de 50%), enquanto 83% previam riscos concretos de fecharem suas portas no curto prazo ou reduzir suas atividades caso a situação não fosse revertida rapidamente. Em termos de impacto direto, apenas 1% manteve suas atividades normais após o início da pandemia, enquanto 72% paralisaram completamente.
E hoje, 12 meses depois, como o setor responde ao impacto? Para saber, a Agência do Bem iniciou uma nova pesquisa junto às organizações atuantes no Rio de Janeiro e em São Paulo, que será conduzida por um período de aproximadamente 15 dias. ‘’As perguntas são objetivas, de fácil compreensão e rápida resposta, e mesmo que tenham como referência o período atual, suas respostas não deixam de projetar um olhar para o futuro’’, comenta Alan Maia, fundador da Agência do Bem e responsável pela elaboração da pesquisa.
As ONGs que atuam nas regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo, e que desejam participar da pesquisa, podem acessar o formulário pelo link https://bit.ly/3ft7nP0. O resultado será divulgado em meados do mês de abril.