5 de agosto de 2019

No dia 07 de julho, às 16h30, a Orquestra Nova Sinfonia, da Agência do Bem, atravessava o túnel de acesso a um dos mais emblemáticos palcos de toda a sua história ao longo de nove anos de apresentações. Diante de 80 mil pessoas nas arquibancadas, o grupo esteve no gramado do estádio do Maracanã, durante a cerimônia de encerramento da Copa América de futebol, tocando ao lado de artistas internacionais e dando sequência às apresentações da cantora Anitta e do porto-riquenho Pedro Capó.
Além do público no estádio, o maior evento de esporte latino-americano foi transmitido para milhões de pessoas em mais de 70 países. O convite especial para a participação veio no mês de maio, e a ansiedade passou a aumentar a cada dia para os 45 alunos, que durante um longo período precisaram manter a apresentação em sigilo, além de se dedicarem a ensaios complexos e agitados, no próprio Maracanã, onde foi preciso atentar para os mais diversos detalhes, desde os aspectos musicais, a rápida movimentação na entrada e saída de campo, até o posicionamento diante das câmeras.
Nos bastidores já ficava claro que cada minuto ficaria marcado na memória. “Foi uma experiência muito enriquecedora para os alunos da orquestra. Eles se sentiram representantes do país, porque este é um evento internacional, e que também trouxe a responsabilidade de fazer bonito por representar nossa nação, nossa cultura, nossa arte, além, claro, do desafio técnico de estarem tocando, interpretando, dançando na frente de tantas pessoas. Eles batalham muito para alcançar este bom trabalho na orquestra, e serem convidados foi mais um reconhecimento do seu talento e esforço”, diz Vitor Damiani, maestro da Nova Sinfonia.
Além do orgulho, um acontecimento que fará brilhar recordações e sonhos dos alunos, fortalecendo os resultados deste projeto.

O mês de julho foi movimentado nas Escolas de Música e Cidadania com as tradicionais apresentações dos recitais comunitários. Além da exposição dos trabalhos de cidadania, que trouxe diferentes temas trabalhados ao longo do semestre, como diversidade cultural brasileira, comunicação oral e escrita e projetos de vida – neste último fazendo até uso complementar de tecnologia QR Code -, houve também uma abordagem diferenciada sobre direitos humanos: “Os alunos de 12 a 17 anos trabalharam o poema ‘Os Estatutos do Homem’, do poeta amazonense Thiago de Mello. E a apresentação no recital mostrou a força dessas palavras, emocionando a todos.”, relembra o professor Diogo Borges.
Nas apresentações musicais, onde os alunos puderam demonstrar seu recente aprendizado, os pais e responsáveis que acompanhavam a apresentação nos polos da Cidade de Deus e Vargem Grande foram pegos de surpresa pela professora Raquel Oliveira, que ao final convidou todos para uma aula relâmpago. E foram os próprios alunos que orientaram os pais sobre como manejar e extrair o som dos seus respectivos instrumentos, os quais arriscaram tocar coletivamente uma melodia. A experiência ajudou a compreender os desafios por trás de cada nota, bem como a influência do universo musical no desenvolvimento das potencialidades e habilidades.
No mês de dezembro acontecem novos recitais, em doze localidades no Rio de Janeiro e em outros cinco estados do Brasil (SP, DF, BA, SC e CE).

No dia 15 de julho, os representantes das organizações vencedoras do 9º Edital de Microprojetos RJ estiveram no escritório da Agência do Bem para assinatura do Termo de Compromisso. Os selecionados desta edição foram a Associação Luz de Sophia, atuante em Olaria, e que presta assistência a crianças portadoras de síndromes raras, incluindo suporte psicossocial às famílias e formação de rede de voluntários, e o Instituto Meta Educação, atuante prioritariamente no Complexo São Carlos e bairros adjacentes, com projetos de reforço escolar, qualificação e capacitação profissional.

Realizado anualmente, em Fortaleza, o Festival Eleazar de Carvalho já faz parte do calendário nacional, promovendo oficinas e cursos, além da apresentação de orquestras, conjuntos de câmara, óperas, recitais, corais e bandas. Professores, escolas e universidades de vários estados brasileiros e de outros países participam do evento.
Para o interessado em garantir uma vaga no festival é necessário passar por avaliações de conhecimento musical, além das audições para os candidatos da orquestra que integra o próprio evento, formada por professores e alunos. E foi assim que aconteceu o ingresso de Ana Júlia Barbosa (15) e Sara Sena (17), alunas de viola de arco da Escola de Música e Cidadania de Fortaleza, que foram aprovadas e puderam não só participar dos ensaios e apresentações orquestrais, no Teatro Celina Queiroz, como também usufruir das aulas de teoria e prática com o professor de viola russo Yaroslav Kargin. As atividades de extensão musical desta vigésima primeira edição tiveram duração de três semanas.
A Escola de Música e Cidadania de Fortaleza funciona em parceria com o Instituto de Assistência e Proteção Social (IAPS), atendendo 50 crianças e jovens com aulas de violino e viola. O IAPS ainda conseguiu levar mais três alunos que integram outras iniciativas musicais na instituição para participar do evento.