2017

Em 2005, na comunidade Beira Rio, no bairro de Vargem Grande, Zona Oeste do estado do Rio de Janeiro, a Agência do Bem dava seus primeiros passos. Hoje, após 12 anos de atuação, a organização, numa característica ousadia consciente, ultrapassa o território carioca, chegando à capital do estado de São Paulo e, por coincidência, começando também pela Zona Oeste.

Na fase inicial as ações se concentram no planejamento e fortalecimento do trabalho em rede com outras ONGs, sendo que já está prevista uma edição do Fórum da Rede de Organizações do Bem para os primeiros meses de 2018, seguindo a mesma programação dos eventos realizados no Rio de Janeiro, trazendo para as lideranças comunitárias paulistas ciclos de palestras e capacitações em gestão do Terceiro Setor. “Com o início de nossas ações em São Paulo, planejamos, a partir do primeiro trimestre de 2018, promover debates sobre temas de interesse estratégico para as lideranças locais, como captação de recursos, monitoramento e avaliação, resultados e impactos dos projetos, Comunicação Social, entre outros temas, tendo como fio condutor a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, além de lançarmos nosso primeiro Edital de Apoio a Microprojetos para organizações locais.”, explica Elio Raymundo, vice-presidente da Agência do Bem.

Sendo um de seus maiores projetos realizados, certificado como Tecnologia Social, não poderia deixar de entrar na pauta da organização o primeiro polo paulista das Escolas de Música e Cidadania, que será inaugurado no primeiro semestre. “De início, focaremos em inaugurar um polo da Escola de Música e Cidadania, começar um mapeamento das organizações sociais de base comunitária da capital e prospectar possíveis parceiros. Quero aproveitar todo o reconhecimento que a Agência do Bem tem no Rio de Janeiro para apresentar aos futuros parceiros uma organização com 12 anos de trabalho sério no desenvolvimento cidadão de crianças e jovens, e que já apresenta seus resultados bem consolidados. Acredito que o momento é propício para estabelecer um bom relacionamento com outras organizações do Terceiro Setor, em São Paulo, e mostrar o potencial dos projetos e nossos objetivos.”, diz a recém-contratada supervisora de projetos da Agência do Bem, Marina Cipolla. Com experiência no Terceiro Setor, incluindo a passagem pelo grupo GIFE, dentre trabalhos realizados junto ao FUMCAD e CMDCA, Marina integra a linha de frente da organização nesta nova empreitada na região paulista.

Para obter maiores informações, basta entrar em contato pelos telefones ou e-mail da organização.

A Agência do Bem agradece a participação das mais de 60 instituições inscritas para o VI Edital de Microprojetos, bem como pelo empenho no trabalho de desenvolvimento social. Conheça abaixo os três projetos selecionados:

Instituto Ensinando a Sorrir: criado em 2009, o Instituto Ensinando a Sorrir atua no bairro do Catumbi e entorno, atendendo crianças, adolescentes e adultos com projetos ligados a saúde, esporte, tecnologia, geração de emprego e renda, cultura, educação e Serviço Social. Um dos projetos mais freqüentados chama-se “Adote um Sorriso”, onde é oferecido atendimento odontológico gratuito, incluindo o fornecimento de aparelhos ortodônticos.

Associação Projeto Roda Viva: atuante no bairro da Tijuca, com presença ativa no Complexo do Borel, o Projeto Roda Viva foi criado em 1989, a partir da iniciativa de professores em prol da educação de qualidade. Atende cerca de 120 crianças e adolescentes com atividades de esporte, informática educativa, artes plásticas e reforço escolar, oferecendo também café da manhã, almoço e lanche diariamente.

Ação Comunitária Sal da Terra: criada pela Paróquia São Tiago para administrar sua ação Pastoral Social, as atividades da Ação Comunitária Sal da Terra se pautam na área de Educação Inclusiva, no bairro de Lins de Vasconcelos. O projeto conta com iniciativas para educação infantil, alfabetização de adultos, reforço escolar, atividades culturais e lúdicas e possui duas creches onde são atendidas 110 crianças na faixa dos 1,5 aos 4 anos.

As propostas foram avaliadas de acordo com as diretrizes da Rede de Organizações do Bem, recebendo um prêmio de R$ 3.000, cada. Os representantes das instituições também já estiveram presentes para a assinatura do Termo de Parceria. Na próxima edição do informativo Bem Me Quer apresentaremos maiores detalhes sobre cada organização e seus projetos!

No dia 29/11, a Agência do Bem realizou o 17º Fórum da Rede de Organizações do Bem, no CCBB. O evento contou com as palestras de Joana Costa, técnica do IPEA, falando sobre o ODS 10 (Redução da Desigualdade), e de Bruno Barroso, sócio-diretor da Nexo Investimento Social, que passou dicas e orientações para obter sucesso em editais de captação de recursos. A programação contou ainda com um bloco de interação entre as mais de 90 lideranças presentes, além de entrega de certificado aos vencedores do VI Edital de Microprojetos.

Durante o ano de 2017, após realizar apresentações por alguns cartões postais do Rio de Janeiro, como a Igreja da Candelária, o Forte de Copacabana e o Parque Lage, além de uma rotina de concertos mensais, a Nova Sinfonia passou por mais uma grande experiência. Desta vez o grupo encarou a gravação de um DVD contendo músicas de cada uma das temáticas trabalhadas ao longo do ano, como os 100 anos de Villa-Lobos, o Tributo a Michael Jackson e os Clássicos do Rock, além de grandes sucessos nacionais e internacionais interpretados em diferentes ocasiões. Tudo isso em meio ao troca-troca de roupas e cenários para não deixar de lado a cenografia e figurino sempre presentes durante os concertos.

As exigências na filmagem e o dia exaustivo não tiraram o entusiasmo dos alunos. Este tipo de experiência proporciona a vivência de uma jornada de gravação, sendo uma ótima oportunidade para o crescimento profissional na carreira musical. A gravação do DVD, sem fins comerciais, trata-se de um registro de mais uma formação da Nova Sinfonia, sendo utilizado também para a autoavaliação dos integrantes e divulgação do projeto junto a parceiros e colaboradores. Ficou curioso para saber o resultado deste trabalho? Em breve as faixas do DVD serão disponibilizadas nas redes sociais da Agência do Bem!

Doadores tem 100% de redução fiscal via Lei Rouanet até 31 de dezembro

Ao longo de 12 anos trabalhando com desenvolvimento social no Rio de Janeiro, a Agência do Bem caminha junto com parceiros e apoiadores que ajudam a tornar possível enxergar e alcançar uma transformação cada vez maior visando o bem coletivo. Ainda assim, cenários econômicos inconsistentes como os dos últimos anos, que por vezes afetam empresas e famílias inteiras, também ameaçam e fecham as portas de muitas organizações, tornando necessário sempre pensar dois passos à frente, o que nunca diminui os desafios relacionados à captação de recursos.

“Quando falamos de planejamento, falamos em todas as dimensões. A gestão de uma organização do Terceiro Setor é tal qual a administração e gestão de uma empresa, com obrigações que são muito parecidas, e com um agravante: sem ter um serviço ou um produto tangível a oferecer no mercado. É muito mais difícil vender uma causa, um projeto social, do que vender um bem, um produto na prateleira do mercado, onde as pessoas vão buscar sabendo que precisam daquilo.”, explica Alan Maia, presidente da Agência do Bem. Quem vê os projetos da organização acontecendo e alcançando centenas de crianças e jovens beneficiados no estado do RJ, pode ficar surpreso com a situação que a organização enfrentou quando, em 2015, precisou reduzir toda a gama de atuação devido ao forte impacto da crise econômica e política: “tivemos que fechar polo comunitário, demitir pessoal, diminuir o tamanho dos projetos e do seu atendimento.”, relembra Alan.

Mas nem sempre a economia é o maior obstáculo quando se fala em captação de recursos. “Existe ainda muito preconceito quando se fala de ONG, o que é um equívoco. Nós trabalhamos junto com centenas de ONGs e sabemos da seriedade de todas elas. Infelizmente, às vezes, o justo paga pelo pecador. Em segundo lugar, existe muito desconhecimento. A gente capta pela Lei Rouanet, que tem 100% de dedução do imposto, tanto para empresa quanto para pessoa física, e as pessoas não conhecem. Um outro ponto relacionado a isso é que as pessoas têm medo de mexer em imposto de renda e aí deixam de doar quando, na verdade, o mecanismo é super simples, fácil e não dá problema nenhum. Há inclusive campos específicos no sistema de declaração para se lançar essa informação.”, ressalta Alan Maia.

Já quando se fala do meio empresarial, boa parte carece de departamentos e pessoal dedicado ao setor de Responsabilidade Social, o que também torna difícil a adesão. Felizmente, ao estabelecer o primeiro contato com a Agência do Bem, os doadores podem conhecer um currículo muito forte, embasado em 12 anos de atuação. Vale lembrar que o calendário para doações via Lei Rouanet, para Pessoas Físicas e Jurídicas, vai até o dia 31 de dezembro. E se você deseja contribuir com a Agência do Bem ou obter informações detalhadas, basta entrar em contato pelo telefone 2428-2547.

Buscando cada vez mais o fortalecimento, a aproximação e a integração das organizações do Terceiro Setor, a Agência do Bem deu início, no segundo semestre de 2016, ao mapeamento de diversas organizações do Rio de Janeiro que participam da Rede de Organizações do Bem. São mais de 500 ONGs cadastradas, e até o momento mais de 120 delas já foram mapeadas, incluindo um trabalho que consiste na realização de visitas institucionais com o objetivo de conhecer e entender o projeto na prática.

A etapa seguinte consiste em inserir essas informações numa plataforma de pesquisa online, que já se encontra em fase de desenvolvimento, e que contribuirá para facilitar a visualização dos projetos por potenciais patrocinadores, doadores, voluntários e parceiros.

“Ter o nome da organização no site da Rede possibilitará, de forma gratuita, uma divulgação que fortalece as ações, os projetos, abre caminhos para captação de recursos, entre outros.”, afirma a assistente de projetos da Agência do Bem, Suelen Marinho, que tem notado entusiasmo por parte das organizações em relação à proposta oferecida pela Agência do Bem durante as visitas.

A comunicação e a troca de experiências são essenciais para a sustentabilidade das ONGs, e por esta razão as instituições interessadas em participar do mapeamento podem entrar em contato com a Agência do Bem e solicitar uma visita, na qual é preenchido um formulário com todas as informações necessárias para inclusão dos dados na plataforma. A solicitação de visita pode ser feita pelo telefone 2428-2547.

No dia 15/10, mais um cartão postal do Rio de Janeiro entrou para a lista de seletos palcos pelos quais a Nova Sinfonia já se apresentou. Num ponto privilegiado aos pés do corcovado e tombado como patrimônio histórico e paisagístico, o Parque Lage, localizado no Jardim Botânico, recebeu o grupo para a apresentação de um repertório composto por grandes clássicos nacionais e internacionais. Indo de Tom Jobim a Beatles, o programa animou o público, que lotou o salão nobre do clássico palacete construído no local.

Mais música, cidadania e desenvolvimento para o Rio de Janeiro. Em agosto, um novo polo das Escolas de Música e Cidadania foi inaugurado, desta vez na região de Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio, onde funciona a Instituição São Martinho. Oferecendo aulas de canto coral, teoria musical e oficina criativa, o polo tem capacidade para atender 100 crianças e jovens dos 7 aos 17 anos.
A coordenadora das Escolas de Música e Cidadania, Luciana Vieira, ressalta que tem havido uma entrega total das crianças às atividades propostas: “Interessante que, após cada aula, os alunos que não vão embora direto para casa ficam na janela do projeto, vendo as outras turmas estudando. Em alguns casos, até participam novamente da aula’’. Luciana destaca, ainda, o lado que vai além da música, onde por meio das oficinas criativas é estimulado o trabalho em equipe e a integração entre os alunos: “O professor tem trabalhado com atividades de expressões corporais e técnicas teatrais e, assim, vem estabelecendo laços de confiança, amizade e fortalecimento do grupo”.
Incluindo a unidade de Vicente de Carvalho, as Escolas de Música e Cidadania somam 13 polos de atuação em toda a região metropolitana do Rio de Janeiro, totalizando ao longo do ano mais de 1.100 crianças e jovens beneficiados.